Vacina de Oxford contra Covid-19 tem eficácia de até 90%, diz laboratório
Eficácia maior foi vista com dose menor; análise foi feita depois de 131 casos da doença entre os voluntários. Não houve nenhum caso grave da doença entre os que tomaram a vacina.
A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca mostrou eficácia de até 90% conforme a dosagem, segundo resultados preliminares divulgados nesta segunda-feira (23).
Veja os principais pontos do anúncio:
- A vacina teve 90% de eficácia quando administrada em meia dose seguida de uma dose completa com intervalo de pelo menos um mês, de acordo com dados de testes no Reino Unido e no Brasil. Esse foi o regime de menor dose – o que foi um ponto positivo para os pesquisadores, porque significa que mais pessoas poderão ser vacinadas.
- Se administrada em 2 doses completas, a eficácia foi de 62%.
- A análise que considerou os dois tipos de dosagem indicou uma eficácia média de 70,4%.
- Foram registrados 131 casos da doença entre os voluntários. Não houve nenhum caso grave da doença entre os que tomaram a vacina.
- A vacina pareceu prevenir a infecção pelo vírus, não apenas a doença. (Ou seja: impediu que as pessoas se infectassem pelo Sars-CoV-2, e não apenas que não desenvolvessem a Covid-19).
- A AstraZeneca pretende ter 200 milhões de doses prontas até o fim de 2020 e 700 milhões de doses até o fim do primeiro trimestre de 2021, em todo o mundo.
- A vacina pode ser armazenada, transportada e manuseada em condições normais de refrigeração (entre 2°C e 8°C) por pelo menos 6 meses. (É uma vantagem em relação à candidata da Pfizer, que precisa ser armazenada a -70ºC durante o transporte, o que especialistas apontam como um desafio para a sua utilização.
Os dados foram vistos depois de analisar mais de 24 mil voluntários de ensaios no Reino Unido, Brasil e África do Sul, com acompanhamento desde abril.