Aumento da vacinação ajudaria a reduzir inflação pelo mundo, aponta FMI
O FMI (Fundo Monetário Internacional) avalia que a inflação no mundo deve seguir em alta até o fim de 2021, mas arrefecer no ano que vem e retornar a níveis pré-pandemia. No entanto, o cenário segue incerto, já que a crise sanitária ainda não foi controlada, e o fundo defende que a saída para a crise atual é aumentar a vacinação.
“Desdobramentos recentes deixaram muito claro que a pandemia não vai terminar em uma parte até acabar em todas as partes”, defende o fundo, no relatório World Economic Outlook (panorama da economia mundial), divulgado nesta terça (12). O FMI recomenda que os países mais ricos ajudem os pobres a terem acesso a mais vacinas, por meio de doações, financiamentos e transferências de tecnologia.
A instituição realiza nesta semana sua reunião anual, em Washington. O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, viajaram para participar do evento e ficarão alguns dias na capital dos EUA. No Brasil, o IPCA, índice oficial de inflação do país, atingiu 1,16% em setembro e acumula alta de 10,25% em 12 meses. O indicador anualizado é quase o dobro do teto da meta de inflação perseguida pelo BC, Banco Central, de 5,25%.
Para o fundo, a inflação global pode piorar se surgirem novas variantes antes de que a vacinação avance nas áreas mais pobres do planeta. Nos países desenvolvidos, cerca de 58% da população está com o ciclo vacinal completo. Em nações emergentes, esse índice está em 36%. E em países pobres, menos de 5%. No Brasil, essa taxa é de 46,5%.