25 de abril de 2024

Em PE, Lula acena ao MDB nacional em conversa com Raul Henry

À mesa com o ex-presidente Lula, em Pernambuco, o dirigente estadual do MDB, deputado federal Raul Henry ouviu do petista, em meio à análise da conjuntura nacional, que ele pretendia conversar, sobre 2022, com o presidente nacional do partido, deputado federal Baleia Rossi. Até, o momento, não houve ainda um contato entre os dois acerca do tema, embora o líder-mor do PT, que trabalha, agora, mais intensamente seu projeto presidencial, já tenha dialogado com outros nomes do partido sobre o assunto, a exemplo dos senadores Renan Calheiros e Jader Barbalho, da ex-governadora Roseana Sarney e do ex-senador Eunício Oliveira. A despeito das referidas articulações, que não passam batidas, Lula enfatizou, na conversa com Henry, o interesse de buscar um contato mais estreito, visando á ampliação de uma frente, com o comando do MDB nacional. Ontem, em Brasília, o dirigente do MDB pernambucano relatou essa pretensão externada por Lula ao próprio Baleia Rossi. O relato se deu também na presença do líder da bancada federal do MDB, Isnaldo Bulhões.

“No MDB, há setores com propensão mais bolsonarista, outros com tendência à uma aliança com o PT e uma das possibilidades também seria uma terceira via. Para esse último caso, o partido tem considerado apostar numa candidatura própria e o nome cotado é o da senadora Simone Tebet”, observa Raul Henry, à coluna, ao ser indagado sobre uma eventual inclinação predominante na sigla. Nesse cenário de terceira via, o nome de Simone Tebet figura com aceitação de uma maioria. Na semana passada, inclusive, a tese foi tema de debate em reunião, na Capital Federal, que levou à mesa um grupo de emedebistas. Entre eles, estavam a própria Simone Tebet, Baleia Rossi, o senador Marcelo Castro, o deputado Alceu Moreira, o ex-deputado Lelo Coimbra e o ex-senador José Fogaça, além de Raul Henry. De acordo com o pernambucano, que teve sua primeira conversa política com Lula anteontem, a convite do senador Humberto Costa, o tom adotado pelo ex-presidente foi “mais elegante e não eleitoral”. O petista defende a formação de uma frente ampla para 2022 e o MDB, que vem traçando rota de distanciamento do governo Bolsonaro, está no radar.