CPI começa hoje e promete fortes emoções em Brasília
Blog do Edmar Lyra
A oposição conseguiu junto ao Supremo Tribunal Federal que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), instalasse a Comissão Parlamentar de Inquérito, após obter 33 assinaturas favoráveis, um número um pouco maior que o necessário. A CPI da Pandemia deverá ter como presidente o senador Omar Aziz (PSD/AM) que surge como o mais cotado para o posto.
O senador amazonense afirmou que o objetivo da CPI não será buscar vingança nem condenar pessoas antecipadamente, porém disse que irá buscar as razões para a demora na compra das vacinas e os responsáveis pelo caos estabelecido em seu próprio estado com a falta de oxigênio vitimando pacientes de Covid-19.
No posto de relator, o favorito até então era o senador Renan Calheiros (MDB/AL), porém uma liminar da justiça federal de Brasília proibiu que o alagoano ocupasse o posto na noite de ontem, através de uma ação ajuizada pela deputada Carla Zambelli (PSL/SP).
Além de Aziz e Calheiros, a CPI conta ainda com os senadores Ciro Nogueira (PP/PI), Eduardo Braga (MDB/AM), Eduardo Girão (Podemos/CE), Humberto Costa (PT/PE), Jorginho Melo (PL/SC), Marcos Rogério (DEM/RO), Otto Alencar (PSD/BA), Randolfe Rodrigues (Rede/AP) e Tasso Jereissati (PSDB/CE).
Pelo histórico das últimas CPIs que aconteceram em Brasília, não dá para esperar muita efetividade do ponto de vista jurídico e policial no tocante aos envolvidos, a tendência é que ela não leve a muita coisa prática, porém ela tende a ocupar o noticiário nacional e pautar os próximos meses da política brasileira. Na véspera de um ano eleitoral, isso é um prato cheio para a classe política, que terá a condição de criar um palanque eleitoral tanto para o governo quanto para a própria oposição, e com isso fortalecer a polarização entre o bolsonarismo e o lulismo já vista em pesquisas divulgadas recentemente.
